terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mutações/Transformações


Neste fim de semana lembrei-me que um dia eu fiz um blog e que ele ainda existia. Então, primeiramente gostaria de pedir desculpas pela poeira!
Relembrando as coisas que aqui foram postadas vi como o homem muda rápido, e muito, e eu não sou exceção. É de se estranhar que em tão pouco tempo passei por mudanças simples, outras nem tanto, diria que até com alto grau de complexidade.
Já se passaram 20 anos da minha vida e definitivamente não sou o mesmo da semana passada, do mês passado, muito menos de cinco ou dez ou 15 anos atrás.
As mudanças foram tanto no corpo (engordar, tatuagem, menos espinhas, barba, cabelo e bigode, sem trocadilhos!), quanto na mente.
Essas mudanças foram muito mais intensas na elevação moral e espiritual. Os ensinamentos da doutrina espírita têm ajudado bastante, mas isso não é tudo! Há de se falar em vontade e atitude!
Eu não sei de onde vim nem para onde vou, mas tenho me perguntado muito: qual o meu papel no mundo? Ainda não tenho uma resposta absoluta, apenas algumas certezas (que ficam para um outro post mais apropriado).
Cada vez mais trabalho o desapego material, não que eu queira ser um guru indiano, quero apenas viver com o essencial, mas não a noção de essencial da nossa sociedade globalizada do século XXI, e creio que não é “pensar pequeno”, é apenas um estilo de vida próprio que me faz bem e que venho tentando levá-lo e modificá-lo, assim melhorando-o. Tudo isso não é para “querer ser doido” ou “rebelde”, tampouco fugir do padrão de comportamento do homem normal, isso caros leitores, é para não viver uma vida trouxa, supérflua, de aparências, enfim para não viver em vão.
As mudanças mais sensíveis foram quanto ao estilo de vida. Hoje falo tranqüilamente NÃO a qualquer um e em qualquer situação, o que era um pesadelo há um tempo atrás. Ligo cada vez menos para a aparência (muito embora seja exigido pela sociedade). Não sou desbocado ou atrevido, mas falo tudo o que é/está errado e me incomoda. Mudei a idéia de que gente fina é outra coisa. Não me importo com o que vão pensar de mim, etc., etc. O melhor de tudo isso aqui, não é poder escrever, mas sim vivenciar tais mudanças ;)
Vejo que o post já está ficando demasiado grande para o gosto popular, então tentarei ser o mais breve possível.
Parei de planejar o improviso, que tanto me fazia “seguro”, nem ensaio mais a conveniência de um sorriso, e hoje sei que não posso abraçar o mundo enquanto nem abraço a mim mesmo. Não vou mais vivendo por aí, por viver e fantasiando perder o que nunca tive nem o que nunca fui.
Só posso concluir que apesar de todas estas transformações: gostos, aparência, estilos, atitudes, continuo o mesmo cidadão comum que sempre fui com o mesmo caráter e índole.
E tu o que tens feito para melhorar? Conte-nos!

“sou novo demais pra velhos comícios, e velho demais pra novos vícios” – Rita Lee