terça-feira, 30 de outubro de 2007

É inacreditável como realmente somos inferiores em tudo. Você é um daqueles macuxi que ficam P da vida com os “cabeça-rachada” que vêm pra cá tentar sobreviver e vivem nos esnobando e cospem no prato onde comeram? Conformem-se eles estão certos!
Contraditório é o C* do Brasil ser acima do pulmão do mundo! Se você também não se conforma em o Globo Repórter mostra só mato, o Fantástico só mostrar dados em que comprova que somos inferiores, é melhor ir se acostumando.
Roraima é pior nisso e naquilo, tem mais desgraça e analfabetos, tenha uma certeza, temos a maior população indígena, a maior população de mosquitos e pernilongos e mais mato que muitos estados federados juntos. Somos piores e atrasados, atrasados mesmo, parece até piada, uma hora atrasados em relação à Brasília e muitos anos em relação a tudo.
Revoltante mesmo é ter os mesmos direitos de qualquer brasileiro a pagar impostos, mas não poder fazer uma cirurgia descente aqui ou opções de lazer e diversão. Não sei pra quem é mais vergonhoso se é para nós ou para o resto do Brasil, perguntar se andamos pelados pulando de galho em galho que nem macacos, se feras andam soltas nas ruas, ou pior “Como é que vocês falam aí?”. Português ora bolas.
Somos infelizes no quesito férias também, é mais barato ir de carro pra Manaus ou pra Margarita? Tudo bem que para Margarita são dois dias de viagem, mas nem se compara aos preços, estrada e ainda mais tem o mar, Caribe.Agora me pergunto quantos macuxi já não se pegaram pensando como seria bom se no Brasil as coisas fossem tipo na Venezuela? Acordar, tomar café da manhã na padaria, com aquele capuccino e aquele sanduíche natureba, ir para o trabalho, depois almoçar em casa e encher o tanque do carro com uns R$ 2,70?? e quando a noite cair, ir ao supermercado e comprar leite, vassoura e sardinha a preço de bananas?kkkkkkkk é não mas só de poder comprar pirulin e ovo maltine a agora que quiser mmmmmm. Chegar o fim do mês com dinheiro sobrando, uma conta de energia a pagar por mixaria?
Por que não nos separamos do Brasil e pedimos abrigo à Venezuela? Não me soa tão mal ter um estado chamado “Roráima”, ou preferes “Rorãima”? ou pior ser confundido com Rondônia?? hahahahaha
NÃO, NÃO E NÃO, seria a primeira reação de muitos diante dessa pergunta, diriam na lata do orgulho de ser brasileiro, de sermos campeão do mundo, de termos uma cultura melhor, e pior, sermos uma economia emergente. Faça-me rir! Campeão do mundo tudo bem (mas isso não enche barriga de ninguém), uma economia emergente ou que precisa de emergência urgente? Não me importa se o Brasil cresce os sonhados 5% ao ano do Lula ou os 3 e alguma coisa que é a realidade, eu não ganho um tostão com isso.
Aonde está o nosso El Dourado perdido? Será aqui o inferno de Dante?Será que os roraimenses nunca deveriam ter deixado suas tribos?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Leitura a Frio

Como ando sem muito ânimo pra escrever, vou colocar aqui algumas coisas a respeito da leitura fria, que foi retirado de um site que sempre visito!!

http://brazil.skepdic.com/leiturafria.html

leitura a frio

"No decorrer de uma leitura bem sucedida, pode ser que o paranormal forneça a maioria das palavras, mas é o cliente quem fornece a maior parte do sentido e todo o significado". -- Ian Rowland (2000: 60)

Chama-se de leitura a frio um conjunto de técnicas usadas por manipuladores profissionais para fazer com que uma pessoa se comporte de uma certa forma, ou a pensar que os que fazem a leitura têm algum tipo de capacidade especial que "misteriosamente" permite que saibam coisas sobre ela. A leitura a frio vai além das ferramentas usuais de manipulação, sugestão e adulação. Através dela, vendedores, hipnotizadores, publicitários, curandeiros, vigaristas e alguns terapeutas tiram proveito da predisposição dos clientes a encontrar mais significado numa situação do que realmente existe. O desejo de encontrar sentido em nossas experiências já nos levou a várias descobertas maravilhosas, mas também levou muitos de nós a desvarios. O manipulador sabe que sua vítima tenderá a tentar encontrar sentido em qualquer coisa que se diga a ela, não importa o quão absurda ou improvável. Sabe também que as pessoas normalmente são egocêntricas, que tendem a ter visões pouco realistas de si mesmas e que geralmente aceitam alegações que refletem, não o que são, ou mesmo o que realmente pensam ser, mas o que desejariam ser ou o que pensam que deveriam ser. Também sabe que, dentre as diversas alegações que fizer sobre você, e que você rejeitar como incorretas, irá sempre fazer uma que encontre sua aprovação. E sabe que você se lembrará dos acertos que ele fizer e se esquecerá dos erros.

Assim, um bom manipulador pode fornecer uma leitura para uma pessoa totalmente estranha, o que irá fazer com que essa pessoa sinta que ele possui algum poder especial. Por exemplo, Bertram Forer nunca o conheceu, embora ofereça a seguinte leitura a frio a seu respeito:

Algumas de suas aspirações tendem a ser bem irrealistas. Você às vezes é extrovertido, afável e sociável, embora em outras vezes seja introvertido, cauteloso e reservado. Descobriu que não é recomendável ser excessivamente sincero ao se revelar para outras pessoas. Tem orgulho de pensar de forma independente e não aceita afirmações de outros sem provas satisfatórias. Prefere uma certa mudança e variedade, e fica insatisfeito quando é cercado por restrições e limitações. Às vezes tem sérias dúvidas sobre se tomou a decisão correta ou fez a coisa certa. Disciplinado e com auto-controle por fora, tende a ser preocupado e inseguro no íntimo.

Seu ajustamento sexual tem apresentado alguns problemas. Embora tenha algumas fraquezas de personalidade, geralmente é capaz de compensá-las. Você tem uma considerável capacidade não utilizada, que ainda não usou a seu favor. Tende a ser crítico em relação a si mesmo. Sente forte necessidade de que outras pessoas gostem de si e o admirem.

Eis outra leitura:

Pessoas próximas têm tirado vantagem de você. Sua honestidade básica tem obstruído seu caminho. Você teve de renunciar a muitas oportunidades que lhe foram oferecidas no passado por recusar-se a tirar vantagem dos outros. Gosta de ler livros e artigos para aprimorar a mente. Na verdade, se você já não estiver no ramo dos serviços pessoais, deveria estar. Tem uma capacidade infinita de compreender os problemas das pessoas, e pode simpatizar com elas. Mas é firme quando confrontado com a obstinação ou a estupidez pura e simples. Outra área que você compreende bem poderia ser a da lei. Seu senso de justiça é bastante forte.

Este último é do astrólogo Sidney Omarr. Ele nunca o viu e ainda assim sabe tanto sobre você (Flim-Flam!, 61). O primeiro foi tirado por Forer de um livro de astrologia de banca de revistas.

A seletividade da mente humana está sempre em funcionamento. Procuramos e escolhemos quais dos dados iremos lembrar e a quais deles atribuiremos significado. Em parte, fazemos isso em função do que já acreditamos ou queremos acreditar. Em parte, fazemos isso para encontrar sentido na experiência pela qual estivermos passando. Não somos manipulados apenas por sermos crédulos ou sugestionáveis, ou apenas porque os sinais e símbolos do manipulador são vagos ou ambíguos. Mesmo quando os sinais são claros e somos céticos, ainda assim podemos ser manipulados. Na verdade, é possível que as pessoas especialmente brilhantes sejam as mais propensas a ser manipuladas quando a linguagem é clara e elas raciocinam logicamente. Para se fazer as conexões que o manipulador deseja que se façam, é preciso que se pense logicamente.

Nem todas as leituras a frio são feitas por manipuladores maliciosos. Algumas são feitas por astrólogos, grafólogos, leitores de tarô e paranormais que realmente acreditam ter poderes psíquicos. Ficam tão impressionados com suas predições e descobertas corretas quanto ficam seus clientes. Devemos nos lembrar, no entanto, que assim como os cientistas podem errar em suas predições, pseudocientistas e charlatães também podem errar nas deles.

Parece haver três fatores comuns a esses tipos de leituras. Um deles é o jogar verde. O paranormal diz algo vago e sugestivo, por exemplo, "tenho um forte sentimento sobre janeiro aqui". Se o cliente reagir, positivamente ou negativamente, a próxima jogada do paranormal é representar de acordo com a reação. Por exemplo, se a pessoa disser, "Eu nasci em janeiro", ou "minha mãe morreu em janeiro", o paranormal dirá algo como "Sim, posso ver isso", qualquer coisa que reforce a idéia de que se foi mais preciso do que realmente foi. Se a pessoa reagir negativamente, por exemplo, "não consigo pensar em nada especial com relação a janeiro", o paranormal poderia responder, "Sim, eu vejo que você suprimiu uma lembrança a respeito disso. Você não quer se recordar dela. Algo doloroso em janeiro. Sim, eu sinto isso. É na região lombar [jogando verde]... ah, agora está no coração [jogando verde]... humm, parece ser uma dor na cabeça [jogando verde]... ou no pescoço [jogando verde]". Se o cliente não esboçar nenhuma reação, o paranormal pode abandonar a área deixando firmemente implantada na mente de todos que ele realmente 'viu' algo, mas que a supressão do evento pelo cliente impediu que ambos obtivessem os detalhes do ocorrido. Se a pessoa der uma resposta positiva a qualquer das tentativas de jogar verde, o paranormal dá seqüência com mais "Vejo isso claramente agora. Sim, o sentimento no coração está ficando mais forte".

Jogar verde é uma verdadeira arte e um bom mentalista carrega munição variada na memória. O mentalista profissional e autor de um dos melhores livros sobre leitura a frio Ian Rowland (2002), por exemplo, diz ter gravadas na memória coisas como os nomes masculinos e femininos mais comuns e uma lista de itens que provavelmente são encontrados numa casa, como um calendário velho, um álbum de fotos, recortes de jornal e assim por diante. Rowland também trabalha certos temas que provavelmente irão ter ressonância com a maioria das pessoas que consultam paranormais: amor, dinheiro, carreira, saúde e viagens. Como a leitura a frio pode ocorrer em vários contextos, Rowland explora diversas táticas. Mas não importa se a pessoa trabalhe com astrologia, grafologia, quiromancia, psicometria, ou cartas de Tarô, ou esteja canalizando mensagens dos mortos à la James Van Praagh, há técnicas específicas que ela pode usar para impressionar os clientes com sua capacidade de saber coisas que parecem exigir poderes paranormais.

Outra característica dessas leituras é que apresentam-se numerosas afirmações na forma de uma declaração vaga ("Estou tendo um sentimento de calor na região da virilha") ou na forma de de uma pergunta ("Sinto que você tem fortes sentimentos por alguém nesta sala. Estou certo?") A maioria das afirmações específicas é fornecida pelo próprio cliente.
Alguns especialistas em leitura a frio dão ênfase a prestar atenção à linguagem corporal e coisas como as roupas do cliente.

O leitor começa com generalidades que são aplicáveis a amplos segmentos da população. Presta cuidadosa atenção às reações: palavras, linguagem corporal, cor da pele, padrões de respiração, dilatação ou contração das pupilas, e outras coisas mais. O cliente da leitura geralmente irá transmitir informações importantes ao leitor, às vezes em palavras e às vezes em reações corporais à leitura.

A partir da observação, o leitor irá retransmitir ao cliente o que este gostaria de ouvir. Esse é o princípio guia da esmagadora maioria dos místicos: Diga a eles o que desejam ouvir. Isso irá fazer com que voltem sempre (Steiner 1989: 21).

Além disso, aquelas ocasiões em que o paranormal tiver dado um palpite errado sobre o cliente serão esquecidas por este e pela platéia. O que será lembrado serão os aparentes acertos, dando a impressão geral de "Uau! De que outra forma ela poderia saber tudo isso a não ser que ela seja paranormal?". Esse mesmo fenômeno de supressão das evidências em contrário e de pensamento seletivo é tão predominante em toda forma de demonstração paranormal que parece estar relacionada ao velho princípio psicológico: um homem vê o que quer ver e desconsidera o resto.

a leitura a frio e o contato com os mortos

Muitas das leituras a frio não se apóiam no jogar verde, vagueza ou palpites. A chave para uma leitura bem sucedida é a disposição, capacidade e esforço por parte do cliente em encontrar sentido e importância nas palavras do paranormal, astrólogo, quiromante, médium, ou similar. Um médium que alega receber mensagens dos mortos poderia disparar uma cadeia de imagens ambíguas para o cliente. Figura paterna, mês de maio, grande H e H com som de N, Henna, Henry, M, talvez Michael, ensino, livros, talvez algo publicado. Esta lista poderia significar coisas diferentes para diferentes pessoas. As chances de que o cliente encontre significado em numerosos conjuntos diferentes de palavras e frases são favoráveis ao médium. Se o cliente conectar apenas algumas delas, pode achar que isso é sinal satisfatório de que o médium fez contato com um parente falecido. Se não encontrar nenhum significado ou sentido na cadeia, o médium ainda assim vence. Ele pode tentar outra cadeia. Pode insistir em que há um sentido, mas que o cliente simplesmente não está se esforçando o bastante para enxergá-lo. Pode sugerir que alguns espíritos intrusos estão criando confusão. É uma situação em que a vitória é certa para o médium porque o encargo de encontrar sentido nas palavras está com o cliente, e não com ele.

Leituras a frio bem sucedidas às vezes são um atestado da habilidade do leitor, mas são sempre um atestado da habilidade do homem em encontrar sentido nos mais desconexos dos dados. A habilidade da leitura a frio pode ser aperfeiçoada e transformada numa arte, como fazem os profissionais que trabalham como médiuns, quiromantes, astrólogos, etc. Muitos desses profissionais podem nem mesmo se dar conta de que fazem isso e atribuir o alto índice de satisfação dos clientes à veracidade da astrologia ou da quiromancia. Podem até acreditar na realidade do mundo espiritual ao se convencerem de que sinais significativos do além às vezes se destacam em meio ao ruído do dia-a-dia e são detectados por médiuns habilidosos. Alguns desses profissionais sabem o que fazem e enganam o público, senão a si próprios. Outros sabem o que estão fazendo mas contam aos clientes ou platéias, após as apresentações, que não precisam de nenhum poder paranormal ou sobrenatural para realizar suas proezas.

Na avaliação da leitura a frio, um equívoco comum é voltar o foco principalmente para o leitor. Gary Schwartz parece ter feito isso no livro The Afterlife Experiments: Breakthrough Scientific Evidence of Life After Death [Os Experimentos de Vida Após a Morte: Evidências Científicas Revolucionárias da Vida Após a Morte]. Ele parece pensar que, se puder eliminar a trucagem e a tapeação (leitura a frio), e a fraude (leitura a quente) por parte dos médiuns nos experimentos, terá eliminado a leitura a frio dentre as explicações viáveis para a validação por parte dos clientes das leituras. Defende sua hipótese ao longo do livro e a enfatiza num artigo que ele e outros publicaram no Journal of the Society for Psychical Research:

Como a condição de silêncio do cliente não oferece nenhum retorno verbal/semântico ao médium, assim como retorno não-verbal mínimo (salvo possíveis informações da respiração ou suspiros dos clientes), essa condição elimina a plausibilidade da 'leitura a frio' como explicação provável para as revelações. Por esse motivo, o artigo relata os dados obtidos com o cliente na condição silenciosa. Estes formam a evidência mais convincente de uma recuperação anômala de informações.
A condição do cliente silencioso (também conhecida como Protocolo de Russek) permite ao médium fazer uma leitura a uma distância audível do cliente, mas não permite que se faça nenhuma pergunta, ou que o cliente dê qualquer resposta.

Testes feitos com estudantes universitários, aos quais são dadas leituras de personalidade ou astrológicas, evidenciam que não é necessário interrogar o cliente para fazer com que ele encontre significado em sentenças inteiras que não foram geradas com base em nenhum conhecimento pessoal. Também parece evidente que muitas pessoas devem ser capazes de encontrar significado em diversos tipos de iniciais, nomes, descrições de lugares, etc. Além disso, embora seja verdade que alguns médiuns usem truques, como ter cúmplices na platéia ou fazer com que detetives investiguem o cliente, isso não é necessário. O que muitos viram Rosemary Athea fazer em um episódio do programa Bullshit!, de Penn & Teller, por exemplo não é um requisito para uma leitura bem sucedida. O agente da médium trouxe um casal cujo filho havia cometido suicídio para que fosse feita uma leitura (adivinhe quem surgiu na leitura). Ela também conversou, antes de a leitura começar, com um jovem que lhe disse que desejava fazer contato com a mãe (adivinhe com quem ela se conectou durante a leitura). No mesmo episódio de Bullshit!, Mark Edward (nenhum parentesco com John Edward) fez uma leitura bem sucedida com uma mulher sem usar nenhum truque de leitura a quente. Mas mesmo este método de jogar verde procurando por alguém com quem o cliente possa se conectar não é requisito para uma leitura bem sucedida. O cliente é a chave para o sucesso de uma leitura por um médium, e médiuns diferentes usam métodos diferentes.

As leituras bem sucedidas que envolvem o contato com entes queridos falecidos são um atestado da maravilhosa capacidade da nossa espécie de encontrar significado em praticamente qualquer imagem, palavra, frase ou cadeia desses itens. Podemos descobrir Jesus numa tortilha queimada, Madre Teresa num pão de canela, a Virgem Maria numa mancha causada pela água ou na descoloração da casca de uma árvore, ou Vladimir Lênin numa mancha de sabonete numa cortina de chuveiro (pareidolia). Podemos ver o demônio numa poça d'água e ouvi-lo tentando-nos (apofenia). O mesmo cérebro humano complexo que nos torna possível encontrar esses significados ilusórios é o que nos permite escrever e apreciar poesia diversificada e descobrir padrões reais na natureza. Este nosso maravilhoso cérebro, produto de dezenas de milhares de anos de evolução, também nos torna possível iludir a outros e a nós mesmos. Ainda mais maravilhoso é o fato de que este nosso cérebro pode ser usado para tentar compreender as muitas maneiras pelas quais acertamos ou erramos ao tentar encontrar sentido na vida e na morte.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Psicologia de um Vencido

Tu já pensou no que colocar na tua lápide?!
Eu já:

Psicolodia de um Vencido
de Augusto dos Anjos.

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!